Capítulo 12 - Proposições Conclusivas - Terceira Proposição

A Igreja precisa reconhecer-se culpada perante Deus por tantos divórcios que existem entre os cristãos e agir como a despenseira dos mistérios de Deus e como o verdadeiro redil das ovelhas de Cristo.

Desenvolvimento.

A Igreja tem combatido os efeitos e não as causas. É sumamente necessário que se faça juz à necessidade de orientar nossos solteiros. Jaime Kemp e outros têm ajudado muito mas esta tarefa não pode estar restrita a uns poucos pastores que se dedicam a isso. A Igreja precisa urgentemente de uma conferência mundial em prol do matrimônio onde sejam as Igrejas Locais e as denominações despertadas e preparadas (capacitadas) para esta parte da guerra contra os principados e potestades que tem perdido feio, feio!! Enquanto isso, têm lutado contra as pobres vítimas da incapacidade da Igreja e do diabo, com preconceitos, perseguições, destruindo a auto-estima de muitos e condenando muitos outros ao pecado real ou à falsa consciência de pecado, escravizados por homens e mutilados em suas vidas cristãs. Ao rever a exegese da segunda parte deste trabalho poderá ser notado que no mínimo a Igreja não tem tido a capacidade de lidar com o assunto e não tem tido, às vezes, tolerância com o que é tolerável e seriedade em não exigir quando o texto bíblico deixa dúvida, etc.


Aplicações.

a) Considerações escatológicas.

Erra a igreja do Senhor Jesus que, no geral, não compreende o tempo em que vivemos e a situação cada vez mais difícil no final dos tempos. Vivemos num ambiente muito pior que o dos coríntios, do ponto de vista do mundanismo, segundo vejo. Nossos filhos estão numa Sodoma e numa Gomorra escatológica onde bastam abrir a porta ou uma das janelas de suas casas (a TV principalmente, como a janela para o mundo, as revistas, os Oudoors, etc) e verão com as filhas de Ló, o pecado proliferando. Temos de buscar maturidade para vermos os nus e tudo que se nos apresenta sem nos contaminarmos, sabermos usar o que existe para nosso prazer, com cuidado de não extrapolar os limites, buscando a vida de santidade, que não é uma vida ascética imposta a nós mesmos e a nossos filhos, mas participativa e com equilíbrio.


b) A mulher emancipada e o feminismo.

Erra a Igreja do Senhor Jesus quando não discerne a nossa época e vê que Jesus iniciou a libertação da mulher. E que o feminismo tentou usurpar isso e ainda que a Igreja teve o privilégio de ser a autora da continuidade desta libertação. O mundo e o diabo têm oferecido à mulher crente opções erradas em sua nova vida. A família do século 20, a esposa, a mãe, o filho e o esposo são muito diferentes. É uma diferença que causa medo, constrangimento, insegurança em muitos casais, em muitos pais e em muitos filhos. Temos na Igreja a cultura vetero-testamentária, com preceitos avançados do NT para o ideal perfeito de Deus para a vivência doa Evangelho, mas não sabemos aplicar isso. Temos falhado. A maior parte das Igrejas no Brasil são de origem em movimentos que não deram muito valor à exegese, à hermenêutica e à objetividade da Palavra de Deus. A Igreja evangélica brasileira tem pregado segundo pensam seus pregadores e não segundo pensa Deus; segundo interpreta o povão, e não segundo interpretam os doutores da Igreja; a teologia é popular, cheia de crendices e superstições que levam à práticas quase mágicas de consultas e buscas misteriosas de revelações sobre assuntos que não podem mais receber novas bases sem ser isso considerado maldição!!

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